10 de setembro de 2009

O FASCÍNIO SENSUAL DA COR 8

colorimetria capilar

... O FASCÍNIO DO SENSUAL,

A EXPRESSIVIDADE CINTILANTE DA

CROMATICIDADE, SÃO A MAGIA E A

SEDUÇÃO HETEROGÉNIA DA

BELEZA SONANTE DOS CABELOS !...


A COR NATURAL DOS CABELOS; é determinada pela presença de pigmentos

melânicos que se encontram no interior do Cortex, sendo produzidos por um

agente químico/orgânico, a “MELANINA.” Esta, tem o seu desenvolvimento

no interior das células, através dos melanócitos, existentes em toda a cama-

da basal da pele, sendo os autênticos geradores dos pigmentos. Por sequência,

os responsáveis pela cor natural da pele, do CABELO, das unhas e da Íris ocu-

lar. Partindo deste princípio, todos os cabelos têm pigmentos os quais trans-

mitem a cor natural aos cabelos com exclusão dos cabelos translúcidos os

(brancos) e dos indivíduos que sofrem de albinismo.


AFINAL O QUE É A MELANINA? É, um polímero de células de elevado peso

molécular insolúveis à água e à maioria dos dissolventes. Quimicamente, é

pouco reactiva. Só é possível alterar a sua composição, através de produtos

oxidativos ou pela acção de soluções alcalinas.


EXISTEM DOIS TIPOS DE MELANINAS: nos cabelos escuros predominam os

pigmentos granulosos (tipo R), classiificados por Eumelaninas.

nos cabelos mais claros predominam os pigmentos difusus (tipo J), classifi-

cados por Feomelaninas.


O COLORIR DOS CABELOS; já vem desde a antiguidade.

Em síntese: os Egípcios foram os primeiros a utilizar extractos vegetais e

compostos metálicos para colorir os seus tecidos. Posteriormente, aplica-

ram essas metodologias nas cabeleireiras e mais tarde aos cabelos.

Já no decorrer do Século XIX, foi descoberto que certas substâncias criadas

por sintetização química tinham capacidade de pintar fibras de animais.

Posteriormente esses princípios e métodos para colorir os cabelos dos humanos.

Já no segundo quarto do Século XX, aperfeiçoaram-se os colorantes capilares

e o seu uso começou a estender-se à sociedade até aos dias de hoje.

Presentemente, existem variadíssimos produtos e opções para colorir os

cabelos.


! SEM LUZ NÃO EXISTE COR...

O SOL, é uma fonte de energia que se difunde numa gama de radiações em ondas

magnéticas que chegam até nós.

A radiação luminosa, ( a luz branca), são parte dessas radiações perceptíveis

pelo olho humano, através da banda de visibilidade de 380 a 780 nm.

A luz branca, através do seu espectro, é decomposta em seis cores:

> Violeta, Azul, Verde, Amarelo, Laranja e Vermelho <

Cada objecto alcançado pelo prisma da luz, comporta-se como um espelho,

reflectindo completamente ou em parte a luz pelo qual é atingido.

Se o objecto reflecte a luz por completo, o olho humano vê-o branco.

Se absorve por completo, o olho vê negro.

O BRANCO é a cor reflectante. O NEGRO é a cor absorvente.

Entre os dois extremos, depende da propoção entre a quantidade de luz

reflectida e a observida.

O olho humano, prepociona as diferentes cores e a sua intensidade através da

imensidão dos coloridos da natureza ou cores preparadas pelas tecnologias

laboratoriais.

PARA O CABELEIREIRO É FUNDAMENTAL, saber interpretar a ciência que

estuda as “Leis Básicas da Colorimetria,“ as quais definem a sua grandeza e a

sua dimensão.

É imprescendível, entender o Círculo Cromático através da “ A Estrela de

Ostwald e o disco de Newton” os quais indicam as cores PRIMÁRIAS (fundamentais),

e as cores SECUNDÁRIAS (complementares), como a sua neutralização entre si.

DEFINIÇÃO:

As Cores PRIMÁRIAS, são: o Vermelho, o Amarelo e o Azul.

Misturando duas a duas em partes iguais, obtêm-se as cores SECUNDÁRIAS

ou seja, as cores complementares:

amarelo + azul = Verde

azul + vermelho = Violeta

amarelo + vermelho = Laranja

CLASSIFICAÇÃO DAS CORES:

Tons Quentes > Amarelo, Laranja, Vermelho

Tons Frios > Violeta, Azul, Verde


COMPLEMENTARIDADE Das CORES:

As cores primárias e secundárias, para além de serem usadas para criar novas

cores, podem ser combinadas entre si para neutralizar ou para contrastar

determinada cor com outra.

Exemplo: misturando o amarelo com o violeta, o laranja com o azul obtém-se um tom

neutro, (cinzento).

O uso destas cores em diferentes concentrações cria cores e matizes diferentes.


O amarelo está posicionado no círculo cromático oposto ao violeta.

É fácil de entender a sua complementariedade quando se sabe que o

violeta é uma combinação de vermelho e azul; adicionando-lhes o

amarelo, obtém-se uma combinação das três cores primárias, as quais,

se neutralizam umas às outras obtendo-se como resultado o preto.


SINTETIZANDO:

Os Tons Quentes: o Amarelo, o Laranja e o Vermelho, utilizam-se para

neutralizar as cores frias.

Os Tons Frios: o Violeta, o Azul e o Verde, utilizam-se para neutralizar

as cores quentes.

TIPOLOGIAS COLORATIVAS CAPILARES

Presentemente, existem vários tipos de colorantes. Cada um propociona

determinados efeitos e durabilidade. Desta forma, temos:

  • Os colorantes “TEMPORAIS” têm efeitos matizantes e

são de curta duração.

  • Os corantes “SEMIPERMANENTES” têm duas

variantes: os de aplicação DIRECTA com efeitos tonali-

zantes de média durabilidade e os designados por

por TOM S/ TOM que necessitam de um veículo de média

oxidação para desenvolver e revelar a sua cor com

alguma eficácia na tonalizaçã e nacobertura (média)

nos cabelos brancos, durabilidade sem grandes altera-

no matiz dos cabelos naturais.

  • Os colorantes “PERMANENTES”,também designados por

oxidativos, têm a capacidade total na polimerização dos

pigmentos naturais e na opacidade,(cobertura dos cabelos

brancos.

  • Existem outros tipos de produtos com efeitos matizadores,

tais como: champôs, máscaras e outros para o embeleza-

mento dos cabelos, os quais se podem classificar como

progressivos.


A NOMEMCLATURA DAS CORES CAPILARES

São classificadas por numeração cardinal e/ou composta pela seguinte ordem:

- a sua altura de tom

- o seu matiz primário

- o seu matiz secundário.

OBS: algumas marcas de colorantes capilares, os seus laboratórios

de investigação e desenvolvimento criam alguns tons com terceiro

matiz de reflexibilidade. Como exemplo: os tons irisados, nacarados

ou de outra índole imaginativa.

Partindo deste princípio ; os tons fundamentais da Escala Universal, são

representados por numeração cardinal, iniciada pelo número (1)-preto

terminando no número (10)-louro extra claro.

Todas as outras tonalidades que possam existir nos catálogos de coloração,

independentemente do fabricante, são tons compostos com simbologias

próprias para a sua definição e conhecimento.


O profissional tem de saber definir os matizes de um determinado tom (com-

posto), como a sua intensidade de reflexibidade:

  • O matiz cinza ........................ tem o numérico .......... 1

  • o matiz bege ......................... “ .......... 2

  • o matiz dourado .................. “ .......... 3

  • o matiz acobreado .............. “ .......... 4

  • o matiz acajú ........................ “ .......... 5

  • o matiz avermelhado ......... “ .......... 6

  • o matiz esverdeado ....(a).... “ .......... 7

(a)-presentemente, não são muito utilizáveis os matizes esverdeados na

coloração dos cabelos.

Partindo dos princípios das nomenclaturas das cores dos seus matizes e

reflexos, dando-se como exemplo: o tom “Louro Natural Acobreado

Dourado,tem-se a seguinte ordem numérica:

- O Louro Natural,corresponde à altura de tom da

escala universal de:(1 a 10).

-O matiz acobreado,o (primário),corresponde ao número 4

-O matiz dourado, o(secundário),corresponde ao númrro 3

Por esta lógica numérica, temos a nomenclatura do tom:7.43.

os matizes têm a capacidade de reflectir sobre o tom, transmitindo-lhes a sua

intensidade, reflexibilidade e brilho.


O reflexo de um determinado objecto ou corpo, neste caso, o CABELO, é a sua

capacidade de absorção em que os tons se enriquecem.

É um efeito puramente lumínico que potencia a vivacidade e a luminosidade

na sua transparência no seu brilho e na sua beleza sem que para tal tenha de se

alterar a sua matiz.


A profundidade e intensidade de uma qualquer cor, têm como objectivo o

embelezamento dos cabelos no seu todo.

A capacidade na opacidade dos cabelos brancos e a luminosidade dos tons estão

condicionados às característicasdos cabelos, respeitante ao seu grau de

permeabilidade aos diversos produtos capilares. ( + ou - ).

A fixação e estabilização dos pigmentos ,sua durabilidade,muito depende de

vários factores. Existem regras muito concretas e específicas as quais devem

ser seguidas em concertação técnico/química e de conhecimentos com toda a

sua mestria e rigor:

  • Diagnosticar e determinar os objectivos

  • Preparação e aplicação de um determinado colorante

  • Vigiar e controlar,visualmente, a evolução da cor,

suas reações e determinar os tempos de pose a cada caso

  • FINALIZAÇÃO


A FORMULAÇÃO QUÍMICA DOS COLORANTES CAPILARES; têm de possuir

moléculas,(pigmentárias), de elevado grau de pureza e de conjunção que

sejam compatíveis e de fácil aderência e penetração através da Cutícula

capilar.

Cada tipo de colorante é, adaptável às diversas circunstâncias colorativas.

Os tons podem ser misturados entre si. Desta forma, o profissional cria a sua

própria personalidade de cor ,tendo sempre em vista, o matiz que pretende dar

à mesma.


A SUBSTANTIVIDADE QUÍMICA; deve ser compatível com a estrutura físico/química

do cabelo. sendo através dos percursores da melanina, possam resistir aos

agentes físicos naturais como aos variadíssimos químicos capilares.

A investigação sobre este campo, muito se tem desenvolvido e esforçado na procu-

ra de novos agentes químicos, de novas fórmulas, de novos conceitos e critérios que

sejam mais compatívis com a massa capilar e menos agressivos para com a pele e o

cabelo.” É a procura entre a cromaticidade e a beleza dos cabelos.”


O MAIS IMPORTANTE É SEM DÚVIDA; ter uma base de conhecimentos e de conceitos

em colorimetria como nas várias áreas tecnológicas “aplicativas.”

Há que ter em mente, que o cabelo é um elemento específico e de formas

diferentes. as distintas acções produzidas nos mesmos, requerem conhecimentos e

sebedoria.

Cada cabelo, tem de ser considerado como um caso muito específico e pontual.

OS SEIS PROCEDIMENTOS DE COMPLEMEMTARIDADE AO CAMPO COLORATIVO:

- Descoloração (integral ou localizada)

- Mordente

- decapagem (desoxidação de pigmentos artifíciais)

- Pré-coloração

- Pré- pigmentação

- Varrimento de matizes (limpesa)


Sobre esta base de conceitos e procedimentos, o profissional tem de agir em com-

formidade com as necessidades de cada cabelo a tratar

A selectividade do tom, a pureza cintilante e harmoniosa, os reflexos subtis e

personalizados, são a senda do dia-a-dia do profissional na constante procura do

fascínio e expressividade na arte criativa.

texto realizado e cedido por:

José Manuel Lopes

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