17 de julho de 2012

POR OLIMPIO FERNANDES " FIGUEIRA DA FOZ"

 

segunda-feira, 16 de julho de 2012


Para ler: Os barbeiros e as suas origens

Um texto a ler, sobre a evolução dos barbeiros até aos cabeleireiros de homens dos nossos dias, para ler no blogue de Joaquim Pinto!

Os barbeiros e as suas origens.no museu de Joaquim Pinto


O meu colega Joaquim Pinto, autor do museu do barbeiro e cabeleireiro,Online, publicou um interessante texto sobre as origens da nossa profissão.
A meu ver, devia fazer escola nos manuais de formação nas diferentes categorias profissionais, da classe dos barbeiros e cabeleireiros, tornando-os conhecedores do
que foi a nossa profissão ao longo da historia, mas sobretudo a razão em saber de onde viemos.

O texto, se for da profissão ou não pode  ler no museu, recorda o que foi a profissão em1950, tinha eu 10 anos,  de ridícula aceitação social, mas é a partir dessa altura que a arte ganha novos horizontes e é hoje um sector tecnicamente evoluído, sendo os cabeleireiros portugueses bastante considerados a nível internacional.
A propósito do texto do meu colega, no que referencia a modéstia da profissão aos olhos da sociedade,este facto é verdadeiro e foi por mim assumido no seu vexame. Foi na escola do professor Teixeira, em Montemor-o-velho, não tinha mais de 13 anos, já na barbearia dos meus padrinhos Júlio e Olímpia, depois das aulas. O professor Teixeira, já falecido e por mim perdoado, marcou o seu ensino com a brutalidade da sua pancadaria, chegando a rasgar orelhas e consequentemente provocar hemorragias.
Assumo o que escrevo pois em Montemor,ainda existem por lá testemunhas daquele terror na escola em Montemor-o-Velho.
Ora, para fugir ao trabalho do campo, aprendia a ler e a escrever e também a profissão na barbearia. Só que um dia que nunca mais esqueci, o professor, com os pés em cima da secretária, enrolando o cigarro por entre os dedos, dava ordens a todos para que batessem em todos! Parece que me revejo em redor do" inesquecivel pedagogo", de alunos para alunos batendo uns nos outros. Quando chegou a minha vez do murro no pescoço, o meu colega sem força ou com receio de me magoar, não me deu forte e feio.
A reacção não se fez esperar do ainda recordado Teixeira, mas por razões puramente brutais e fascistas.
Queres que vá ai bater-lhe com força nesse miserável barbeiro, queres, ou apanhas tu!!
Onde quer que esteja estará arrenpendido e eu, afinal, venci a pobreza desse tempo
E um dia quem sabe, vou contar-lhe a minha historia de vida e sei que ficará envergonhado por tanta violência gratuita e eu surgirei humilde e sem vinganças.

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